MAL-ESTAR DOCENTE E EDUCAÇÃO INCLUSIVA: REFLEXÕES DE PROFESSORES(AS) DE EDUCAÇÃO FÍSICA
DOI:
https://doi.org/10.55905/reiv5n2-005Palavras-chave:
Mal-Estar Docente, Educação Física, Educação Inclusiva, Formação de ProfessoresResumo
Este artigo, de natureza ensaística e fundamentado em uma abordagem teórico-reflexiva, discute as manifestações do mal-estar docente frente às demandas da Educação Inclusiva, especialmente no contexto da disciplina de Educação Física. A metodologia adotada pauta-se na escrita implicada e situada, construída a partir da articulação entre as vivências profissionais dos(as) autores(as) e no diálogo referenciado por diversos autores da Psicanálise e da Educação, como Freud (2010), Voltolini (2011), Pereira (2017), Fanizzi (2023), entre outros. As reflexões são atravessadas por experiências em escolas públicas e privadas, espaços formativos e escutas espontâneas de professores(as) de Educação Física, realizadas em contextos de trabalho e em rodas de conversa. Entre os principais resultados, destacam-se: o impacto das políticas educacionais e do discurso medicalizante no cotidiano docente; o esvaziamento simbólico da profissão; e a precariedade das condições de trabalho como fatores que intensificam o sofrimento psíquico dos(as) professores(as). O estudo defende a importância de dispositivos de escuta e de formação continuada como estratégias potentes para o enfrentamento do mal-estar docente e para a promoção de uma Educação Inclusiva mais sensível às singularidades.